sábado, 31 de maio de 2008

Eu, palavra.


Meu refúgio são as palavras. Sento num canto escondido, longe das coisas vivas e audíveis. Meu tempo é meu. Quero apenas o silêncio comigo. O silêncio, alguns pingos de nostalgia, uma pouca tinta e um papel amassado. Respiro forte. Vai começar a chover. Minha chuva de momentos, tormentos, pecado e salvação. Minha chuva de renovação e puro êxtase. Meu vento fraco e suave acompanhando o turbilhão de idéias desvairadas de minha cabeça. Não penso, começo a sentir. As palavras chegam assim, convidadas pelo toque suave das mãos. Entendo que está na hora de agir. Faz calor, o suor até arrisca pingar, mas eu já estou libertada. Já pulei o abismo, joguei-me ao vento, já sinto o frescor de quem se entrega, se esquece, se liberta, se sente. Enfim, surgem elas: Vívidas, imponentes, salvadoras, donas de meu ser, motivos de meus delírios e alucinações. Palavras, como as adoro; Como adoraria morrer e reviver nelas.

4 comentários:

Anônimo disse...

As palavras têm esse lindo papel, de fazer sentir, buscar, expressar. É muito bom poder usá-las e senti-las. Cada linha, cada movimento, cada pensamento, e lá estão elas... as palavras.

Beijos

Lígia disse...

A palavra é nossa pátria ja dizia Fernando Pessoa.
Tirem-me tudo mas me deixe as palavras, o rico vocabulário portugues...

Beautiful Stranger disse...

palavras, apenas elas são capazes 'em alguns momentos' nostálgicos, expressar tudo ou grande parte do que realmente sentimos; palavras que confortam; mesmo no silêncio estão presentes...

:)
http://strangerbeautiful.blogspot.com/

Regiane K. Freitas disse...

Oi minha linda!!!
Sou igual a vc amo escrever!
Quando escrevo me sinto bem, esqueço de tudo e de todos!!!
Amei amei amei o post!!!
Beijosssssss