sexta-feira, 25 de julho de 2008

Somente elas.

Vou começar por Fabiana. Ela á aquela elegante, apaixonante, pronta a ajudar. Inspira confiança, sinceridade, serenidade. É luz, apesar de já ter vivido bem seus dias negros e tristes e feito da dor uma aprendizagem, uma segunda chance, uma renovação. Mas é luz, descanço para a alma, poesia em forma de atitude, beleza fina. Fabiana é um luxo, um fluxo, parece ter vindo de estrela, apesar de ser um brilhante raio de sol.
Ana é mãe. Engraçada, espontânea, fala pelos cotovelos, entra na onda, até arrisca uma dança, ela gosta mesmo de sentir-se rodeada de gente, de gargalhadas gostosas, de abraços carinhosos. É curiosa, nostálgica, coração aberto. Ana sabe como ninguém entregar-se, deixar-se envolver, oferecer descanso, consolo, um bolo. É um doce embrulhado numa caixinha de supresas pequenina.
Franciny é explosiva, pura energia, agitação, reboliço. Quando ela chega tudo ilumina, uma música começa a tocar, as pessoas acordam e começam a andar rápido para acompanhar o seu ritmo. Ela é corajosa, prestativa, impulsiva, manteiga derretida. Franciny é uma menina, moleca, uma rosa que desabrocha forte, cheia de vida, de sonhos, de esperanças.
Vilma é observadora, quieta, centrada, intelectual, cheia de boas maneiras e mil e uma habilidades. É acolhedora, sabe ouvir, solidária, dá conselhos sempre precisos e tem uma generosidade e um caráter surpreendentes. Vilma é aquela companheira de todas as horas, uma valsa clássica dançada em sintonia perfeita, uma lembrança gostosa que não sai da cabeça, um olhar verdadeiro, um cristal valioso e transparente, jóia rara, orquídea que floresce apenas uma vez no ano.
Daniela é um vento forte, uma tempestade inesperada, um balanço das ondas num mar agitado. Um chocolate amargo que depois de apreciado tantas vezes torna-se doce, saboroso, impossível viver sem. Tem uma personalidade forte, um jeito imponente, autoritário...mas é de sua prórpia natureza e isso, ninguém tira dela. Ela nasceu para ser líder, brilhar, andar de um lado para outro em busca de soluções imediatas e que funcionem, de um jeito ou de outro. Dani é o doce do amargo e leve, porém ácida.
Cintia é calma, tem as respostas na ponta da língua, quer resolver tudo na mesma hora e vive enrolada. Tem a cabeça nas nuvens e parece nunca andar com os pés no chão. É responsável, prestativa, educada, pensativa e acolhedora. Precisa aprender a escutar um pouco mais, apesar de já saber definir bem tudo o que vai fazer. Busca seu espaço, luta por seus ideais, tem boas idéias, perspectiva de vida, sede se aprender e de ser melhor. Cintia está no caminho certo. Ela é firme, forte e tem o que poucas pessoas hoje em dia têm: vontade, disponibilidade de mudar, perseverança.
Leide chegou agora, veio de fininho, com os olhos cheios de dúvidas do que ia encontrar pela frente, mas com uma ajuda aqui e outra ali já definiu bem o seu lugar. Leide é rosa. Uma bonequinha de porcelana, delicada, sensível, amável. Tem carisma, boa vontade, é preguiçosa, charmosa, vaidosa, romântica. Parece ser tudo ao mesmo tempo: menina, mulher, mãe, esposa, amiga. E sabe conciliar tudo isso com toda sutileza e calma possível. Leide, com todo o brilho e doçura da palavra é uma verdadeira princesa.
àquelas que trabalham comigo e tornam os meus dias mais felizes com os seus sorrisos.
Obrigada.

sábado, 19 de julho de 2008

não sei ser poeta.


Costumo vir até aqui escrever sobre minhas dores mal sofridas, minha ânsia de viver a vida, meu espírito aventureiro, minha alma arredia, tão aversa a regras e conceitos... Vomito aqui todas as minhas frustações, meus sonhos mágicos de bem-me-quer, minhas estradas, meus gritos mudos, minhas veias pulsantes e minha nostálgica saudade prematura de tudo ou todos. Estive pensando em escrever metáforas, viajar em nuvens, adoçar um pouco a solidão de quem passa, com contos fora de hora e poesias mal terminadas. Pensei em escrever cartas e colocá-las numa garrafa, um verso tímido, uma estória de heróis que sempre escapam, uma ou duas palavras que rimem ou pelo menos tenham um pouco de graça...
Mas, só peço perdão. Eu nasci assim, então sou assim. Tão crua e espôntanea que rimas perdem-se em minhas memórias. Continuarei escrevendo o que sempre escrevi, o que sei fazer, o que gosto e o que me diz. Gosto de arriscar, de jogar um dado não viciado no ar e esperar pelos números da sorte...mas dessa vez não. Arriscar e não ser feliz não faz parte dos meus planos. Só encontro a mim mesma assim: nessa prosa gostosa e preguiçosa que estou acostumada a ter com vocês, nesse vai e vem de sentimentos e vagas lembranças, esse falatório sem eira nem beira, meus beijos demorados... tão meus, que se não fossem dividos não caberia no peito, não seria justo, não seria eu.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Vinte e quatro vezes mais.



Gosto do jeito mais surpreendente de viver a vida. Prefiro surpresas, mesmo não tão agradáveis e entusiasmos desavisados, a frases feitas ou horários de uma agenda enumerada com dias e horas de uma semana imaginária. Meu dia tem mais de vinte e quatro horas...eu bem queria que fosse assim, não tenho tempo para só vinte e quatro poucas horas. Prefiro que os minutos se arrastem, me esperem, deixem que eu termine o que comecei. E de tanto precisar de mais horas, já estou certa de que as tenho. Vinte e quatro horas para mim não servem, meu relógio (se é que eu o tenho), tem tempo indefinido, suspenso no ar, até que eu o pare, desligue e não precise mais dele (se é que eu preciso). Prefiro acreditar na vida assim, com toda a urgência que ela possa vir a ter. De que servem os horários marcados, as divisões de um calendário? Surpresas me interessam muito mais. Não acredito em nada premeditado. A vida é de repente, as coisas acontecem subitamente. Vivo sem medir espaços, contar minutos, correr contra o tempo. Do mesmo jeito que o relógio gira automático e cansativamente, eu vivo livre das horas, solta no tempo; esperando apenas o inesperado.

sábado, 5 de julho de 2008

O meu querer.


Quero sim; quero noites mal dormidas, uma taça de vinho na mão, uma música francesa tocando alto e meu corpo sendo levado, embalado, lançado no ar. Quero agonias, aleluias de ser, de estar viva, de sentir esse cheiro bom de gente que parece misturar-se ao doce sabor amargo da solidão esquecida numa gaveta de fundo falso atrás do armário. Quero sentir a saudade mais dolorosa, aquela de apertar tanto a ponto de entorpecer os sentidos, de fazer chorar sem pausa, sem tempo de cessar, sem emoção. Quero sonhar e acordar num ímpeto, quero correr sem rumo, estar perto das nuvens, conhecer o desconhecido, atravessar abismos, evaporar, diluir...
Quero as frutas silvestres amargando na boca, o som do destino cumprindo sua sentença e moldando nossas vidas, os animais selvagens avançando sem visão, um arco-íris de flores cegar-me, um beija-flor batendo suas asas tão rápido quanto o tempo, o tic-tac do imprestável relógio, que serve somente e apenas para atrasar ainda mais nossa breve alegria.
Quero o preto e o branco, o brilho das estrelas, a difusão de cores fascinantes de uma borboleta, o infinito e soberano céu azul. O sol queimando-me, a chuva renovando-me, o mar que me faz renascer. Um sorriso inocente, uma mão firme, um abraço quente, quero você; estar ao seu lado quando acordar, quando eu for e, se não for querer muito, que me espere voltar.
Quero o que é meu de direito, antes e sem mais desespero: eu quero viver.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Nós, por mim.

Dia de meditação, sentimentos misturados,saudade, amor, ternura...
Vazios de alguns dias, plenitude de outros. Lembrei de conversas bobas,dos sorrisos cúmplices,do ato de compartilhar...Tentei sorrir como em outros dias, mas não consegui parar de pensar.
Longe e perto ao mesmo tempo, são dos momentos simples que mais sinto falta. Vou reaprender a conviver com a realidade, fazer desta saudade uma arte... A arte de sentir a brisa, de sentir o sol de inverno,de ouvir a chuva cair sem que estejas aqui, de olhar o céu e fazer amor por telepatia com as lembranças que tenho de "Nós".
Não ligue, não se importe, porque te amo, isso tudo é porque hoje meu coração está na mão da saudade.