quarta-feira, 21 de maio de 2008

A saudade cabe dentro de uma caixa.


Peguei aquela velha caixa esquecida num canto escuro do ármario. Estava pesada, desbotada, porém encheu-me de lágrimas. Ali dentro estavam as lembranças mais queridas, um passado novo cheio de felicidade e meus desejos de viver de novo aqueles momentos. Abri, o cheiro era o mesmo...cheirava a saudade. Meus dedos percorreram aquelas cartas amareladas, aquelas fotos imortalizadas pelo tempo. Olhei sem coragem de continuar minha caça ao tesouro esquecido e tão bem escondido. Enfim, mergulhei nos sorrisos que encontrava, nas palavras que saltavam em meus olhos como brincadeiras infantis, no cheiro forte de juventude bem vivida.
Saboreei cada minuto, senti mais uma vez aquele cheiro, olhei triste pela última vez e fechei a velha caixa vermelha.
Guardei-a no mesmo lugar escondido dos muitos anos desde que ela faz parte da minha vida e eu da dela, no entanto, deixei meu coração pulsando dentro dela e voltei para a realidade, menos colorida, com menos amigos em volta, sem cheiro de saudade e sem nenhuma caixa protetora em volta dela.

5 comentários:

Emely disse...

Saciada a Nostalgia agora temos que tratar de Arranjar uma nova caixa Bem COLORIDa e FAZER nosso Presente LIndo e FELIZ porque ele tambem sera um passado.

* Vida!

Luz e Sorrisos!!!
=*

Patricia disse...

Nossa!
eu tb tenho uma caixa destas...
É tão bom relembrar...
dá vontade de voltar no tempo e dar aquele abraço ou beijo esquecido,dizer para que pessoas especiais continuasse na nossa vida...Mas elas vão se indo "/
Mas fora bom aquela época...
Sinta-se orgulhosa de ter vivido e estar a viver novas emoções!
beijo

Regiane K. Freitas disse...

Oi minha amiga...
É tão bom lembrar dos velhos tempos....
Eu tb tenho minhas lembranças guradadas em caixas e de vez em quando eu me arrisco a pegalas e relembro de dias q nunca voltarão....
Beijosss

Polly Barros disse...

Vez em quando, nas arrumações, encontro-me com a minha caixa e revivo com felicidade, mas tb com nostalgia algumas passagens da minha vida. Gosto de ver fotos da minha infância, sempre acho graça das roupas q usávamos, das caras q eu fazia pras fotos, de como meus amigos mudaram, alguns já nem encontro mais...
Mas, a gente tem uma caixinha dentro da gente onde cabem todas as lembranças... E na dialética esquecer-lembrar, a gente vai vivendo.

Beijo

Clarissa Santos disse...

Nossa.
Parece muito comigo.
Mas eu tenho um baú :B
E além dentro dele cabe a vida.
ao menos a minha.

Belíssimo texto.

Beijos *: