sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
Os lírios.
Enfim, achara forças para vencer a preguiça e levantou-se da cama com aquela graça e leveza rotineira. Olhou-se no espelho e gostou do que viu. Finalmente conseguira sorrir após alguns meses negros de solidão e saudade. Estaria começando a esquecê-lo? Nem ela mesmo sabia.
Tomou um longo e merecido banho e vestiu a primeira roupa que encontrou no armário. Era linda, não tinha como ninguém negar. Tinha uma leveza oposta a seu porte altivo e sua robustez precoce. Era ferozmente encantadora e brava.Gostava de andar com a cabeça nas nuvens, porém sempre atenta ao chão. Deixara de ter medo e libertara-se de vez da adolescência. Era uma bela mulher.
Enquanto tomava um café forte e comia algumas torradas, pensava nele e no que estaria fazendo àquela hora. Certamente estaria dormindo... Porém, ao lembrar que era uma linda manhã de sábado constatou que estaria correndo na praça ou talvez tivesse ousado mais e saído para dar um mergulho na praia, como ela mesma pensara em fazer. Mas logo afastou essa idéia da cabeça, não estava disposta a encontrá-lo em qualquer desses passeios e desconsiderou a aventura.
Ligou o som. Tentou não colocar nada falando sobre amores e dores, já estava cheia daquilo tudo, resolveu então escutar o silêncio apenas, e só.
Enquanto perdia-se em pensamentos seu silêncio fora interrompido pelo estrindente toque da campanhia. Resolveu que não atenderia e fingiria não estar em casa, mas diante da insistência não viu outro jeito. Levantou-se furiosa e foi atender a maldita porta.
Quase caiu incrédula no chão, a surpresa foi tanta que perdera totalmente a voz.
Do lado de fora estava ele, com aquele sorriso encantador e lírios brancos nos braços.
-Oi, Luiza. Voltei.
(continua)
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Ondas sinápticas.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Não tenho limites.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
felicIDADE.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
férias e esperas.
Hoje acordei meio tonta, levantei rápido, corri...para quê tanta pressa? Meus dias têm sido um caleidoscópio intrigante. Acordo e quando olho no relógio a hora já tem passado...rápido demais. Acordo para dormir de novo. Que coisa tão estranha. No entanto, preencho meus dias quase que faltanto tempo. Acho que quanto mais não se faz nada, menos tempo se tem. Sinto falta do corre-corre de sempre. Mas como minhas aulas, naquela gigantesca universidade, só começam em agosto, dei-me férias forçadas e nada legais. Todo mundo já se libertou das férias e eu ainda aqui, presa à ela. Alguém já escutou tamanho absurdo? Alguém que quer livar-se de férias? Pois é...me sinto em outro tempo, em outro momento...enquanto todo mundo anda depressa, pensa depressa...eu arrasto-me entre as horas que passam. Quanta lentidão, vaguidão, cansaço do nada. Enquanto isso, tento ler algo, pensar em algo, fazer alguma coisa que preencha esse vazio de horas exaustas. Sozinha, pois todos já estão ocupados, já andam apressados, já largaram as férias. Bem que o tempo podia passar mais depressa...