domingo, 23 de dezembro de 2007

Plenitude


Plena. é assim que hoje me sinto. Cheia de vida, como se um sopro de existência tivesse soprado bem forte, aqui dentro.
Feliz. é assim que hoje me despeço.
ÁGUA-VIVA.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O doce do amargo.

Como em completa sintonia e falta de ritmo, ao mesmo tempo, a doçura e o amargo dançam sua dança, escutando aquela música melancólica e profunda. Rodopiam, giram, dão verdadeiras cambalhotas saltitantes e todos esperam ansiosos o que a fusão de extremos tão distintos pode, por ventura, ocasionar. Eu assisto bem de perto essa cena, chego ao total atrevimento e me arrisco numa dança com eles. Eles estão me girando, me deixam tonta, é inebriante o cheiro que nos envolve e me ofusca a cor que invade o salão. É perigoso entrar nessa dança. Perigoso e desnecessário. No entanto, o vento me chama e devo ser fiel ao seu chamado. Atiro-me nesse precipício encantador. Sinto o sabor de ambos, o doce e o amargo, admiro a leveza de um e o ardor do outro. Pelo menos, o que um me tira o outro me traz, na mesma proporção.
Sei que estou com medo de que apenas um vença esse duelo. E me entristeceria se o doce ficasse amargo. Inevitavelmente, se o doce perdesse seu sabor tudo estaria perdido. Então nessa dança, eu devo jogar meu corpo apenas para um lado e pisar no pé do outro. Enquanto o amargo grita enlouquecidamente, o doce sorri discretamente e me agradece num simplório e inaudível "obrigado". Se o doce tivesse a força que o amargo mostra ter, para então superá-lo, seria bem mais fácil, para mim, para você, para nós. No entanto, o doce é sutil e manso, frágil, simples. É por essas e outras razões, tão e mais dolorosas, que estou de mãos dadas, nessa dança frenética e imprevisível, com o doce do amargo.

Para você.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

sussurros de palavras soltas.

Sorriso constante, paixão avassaladora, fé, inexplicável, no impossível.
Carinho precioso, abraço aconchegante, voz intensa, um amor engrandecido.
Batidas de um coração desesperado, luz de um atalho, de um caminho perdido.
Olhos de estrelas, recanto de uma alma, cuidado, proteção, abrigo.

No entanto, silêncio ensurdecedor, grito reprimido, sentimento em explosão.
Dor que quase mata, um orgulho desmedido, uma razão de se afastar.
Um mal tão necessário, pensamento infundado, sensação de liberdade esquecida.
Força oculta, sorte inesperada, razão reveladora, uma saudade permitida.

Amor, enfim.

Ter te encontrado não foi mero acaso, ironia do destino, ou já estava previamente escrito;
Ter te encontrado foi o que me fez continuar viva, meu amor.

Dedicado à Thiago Siqueira.

Num céu de dezembro.

Dezembro. E, finalmente, chega o fim do ano.
Final. Ruptura. Chegada. Meta atingida. Lembrança esquecida. Saudade escondida. Recomeço tão esperado.
Sempre quero chegar ao fim do ano, afinal, o novo me atrai. Me anima saber que tudo começará diferente, ou talvez do mesmo jeito, mas não importa...para mim, é um novo com gosto de velho, ou um velho com cheiro de novo, realmente, não é o que mais importa.
Estou tão cansada que talvez o novo ano me caia como uma luva, talvez me anime e eu me desespere por descobrir nova gente, outro lugar que me sirva de refúgio, ou apenas uma rede onde eu possa deitar e durmi profundamente, sem hora para acordar, sem tanto barulho me angustiando, sem tantos passos, sem tantos ruídos.
Re-Começar. Re-Conhecer. Re-Fazer. Refletir... Voltar ao mesmo janeiro, aos mesmos 12 e incansáveis meses, contados dia após dia, sem pausa, sem pause...o play é apertado e vire-se, não existe final alternativo, talvez nem se quer feliz...vire-se. Vive-se.
"Ano Novo, vida nova". Bem, sinceramente, isso nunca serviu para mim. Minha vida continua, com algo novo, diferente, mas ela não está totalmente nova...para ser bem sincera, é a mesma e assim sempre será. "Ano Novo, ESPERANÇA nova".
Como a saudade já me é peculiar, inerente, indissociável, continuarei levando-a no próximo ano. Ela nunca sai de minha mala, está num pequeno bolso, mas pesa tanto que parece ocupar todo o espaço. A falta que tanta gente me faz e que ainda vai fazer, que tanta coisa me faz sentir, é grande o bastante para me derrubar, me fragilizar, me deixar doente, seca de lágrimas derramadas. Mas, continuarei dando carona à minha saudade, já é uma promessa feita. Apenas serei maleável, comigo mesma, para não me afogar nela.
Espero, ansiosamente, mais um ano, mais um aniversário, mais uma primavera. Que ele venha e consiga me invadir de força, me faça respirar mais forte e, urgentemente, leve esse cansaço todo embora.

Senhor das Horas.


O tempo, que passa tão rápido, quase nos toca de tão apressado, só deixa recado e vai embora, num piscar. O tempo me leva para tão longe, me deixa tão distante, inerte, tão muda, alheia e imersa em tantos pensamentos. O tempo consegue me calar! Sem nenhuma cerimônia, delicadeza ou aviso o tempo consegue roubar o que de melhor existe em mim: a voz. E às vezes, ele me machuca tanto, me rouba tanto, me inunda de tanta saudade...tanto, tanta. Saudade daquele dia, da falta de alegria, do sossego , do silêncio, do barulho do mar, de sorrisos sem cor e de cores que pareciam sorrir.
Eu comecei a entender o tempo no dia em que ele, de surpresa e sem avisar, chegou, sentou, pediu um café e me chamou para conversar. Então percebi nas pessoas mudando que, nem de longe, o tempo era o mesmo. E ele, realmente, pareceu não me perdoar. Ele soube ser firme e me tirar um pouco de dor, de vigor, de sabor... O tempo levou embora, e para sempre, minha avó, minha casa de bonecas, o sofá branco da sala, a altura da minha irmã e alguns tantos que quase não fazem tanta falta. No entanto, me trouxe lembranças dolorosas, um amor, uma responsabilidade prematura e uma nova, e nem tão diferente assim, imagem no espelho.
O tempo me assusta sempre, ainda não aprendi a lidar com suas inusitadas e decisivas mudanças, ainda não sei se devo esperá-lo, ou simplesmente, ir vivendo, esquecê-lo e cair em suas graças.
Hoje, o que mais sinto que se vai, junto com o tempo, é uma leveza de juventude, a impetuosidade, a divina comédia que é ser jovem, cheia de anseios e inseguranças. Acho que envelheço cedo demais...
Talvez quisera voltar no tempo e fazer algo diferente para não sentir isso. Talvez sim. Talvez não. E é, exatamente, o "talvez" que me desagrada tanto. Tenho medo de talvez não saber o que fazer com o tempo que me resta, e ele continuar passando, inexorável e eterno.
Tal-vez.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Uma Tal, Clarissa.

Clareia. Clara. Claridade. Clarão.
Clarissa...
Eu gosto desse nome, do meu nome.
Não sei por qual motivo foi escolhido, nem de qual idéia surgiu
ou se foi puro impulso, qualquer coisa assim...
só sei que soa bem, é música para os meus ouvidos.
Clarissa é uma poesia em síntese.
Clarissa, é uma mistura de claro, com rir, risada,
um ssáááá gostoso, dengoso, preguiçoso.
Uma Clara que rir uma risada gostosa.
O por quê de eu ser Clarissa, não sei.
Inventei significados e justificativas minha vida toda
para tentar suprir essa minha necessidade de saber
por que me deram esse nome. Mas, enfim, rendo-me. Não sei.
Inusitadamente, acho que me cai bem.
E, mais uma vez, também não sei o por quê.
Gostaria de ser lembrada, chamada, aclamada por Clarissa.
É leve, suave, divertido e tem um significado lindo,
todo especial, tão peculiar e divino.
Porém, vem em segundo lugar e só serve para colorir ainda mais
minhas assinaturas e meus rabiscos.
Talvez, a maioria das pessoas desconheça a existência desse Clarissa
e faço dele meu íntimo querido, meu desejo reprimido.
E a Clarice Lispector que me perdoe,
mas é muita coincidência o nome dela ter minhas iniciais
e o meu, as dela. Ao contrário, como tudo no mundo vem a ser.
Que ousadia. Que ironia.
Ah, e a Luciana? Vai bem, obrigada.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Berna, 2 de janeiro de 1947.
Querida,
Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso — nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro. Nem sei como explicar minha alma. Mas o que eu queria dizer é que a gente é muito preciosa, e que é somente até um certo ponto que a gente pode desistir de si própria e se dar aos outros e às circunstâncias. Depois que uma pessoa perder o respeito a si mesma e o respeito às suas próprias necessidades — depois disso fica-se um pouco um trapo.Eu queria tanto, tanto estar junto de você e conversar e contar experiências minhas e de outros. Você veria que há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. Eu mesma não queria contar a você como estou agora, porque achei inútil. Pretendia apenas lhe contar o meu novo caráter, ou falta de caráter, um mês antes de irmos para o Brasil, para você estar prevenida. Mas espero de tal forma que no navio ou avião que nos leva de volta eu me transforme instantaneamente na antiga que eu era, que talvez nem fosse necessário contar. Querida, quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. Você já viu como um touro castrado se transforma num boi? Assim fiquei eu… em que pese a dura comparação… Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões — cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também minha força. Espero que você nunca me veja assim resignada, porque é quase repugnante. Espero que no navio que me leve de volta, só a idéia de ver você e de retomar um pouco minha vida — que não era maravilhosa mas era uma vida — eu me transforme inteiramente.Uma amiga, um dia, encheu-se de coragem, como ela disse, e me perguntou: "Você era muito diferente, não era?" Ela disse que me achava ardente e vibrante, e que quando me encontrou agora se disse: ou esta calma excessiva é uma atitude ou então ela mudou tanto que parece quase irreconhecível. Uma outra pessoa disse que eu me movo com lassidão de mulher de cinqüenta anos. Tudo isso você não vai ver nem sentir, queira Deus. Não haveria necessidade de lhe dizer, então. Mas não pude deixar de querer lhe mostrar o que pode acontecer com uma pessoa que fez pacto com todos, e que se esqueceu de que o nó vital de uma pessoa deve ser respeitado. Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você — respeite sobretudo o que você imagina que é ruim em você — pelo amor de Deus, não queira fazer de você uma pessoa perfeita — não copie uma pessoa ideal, copie você mesma — é esse o único meio de viver.Juro por Deus que se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia — será punida e irá para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não será punida por essa mesma mornidão. Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo aquilo que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma. Espero em Deus que você acredite em mim. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Isso seria uma lição para mim. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade de alma.

Tua Clarice.

Visão de Clarice Lispector     

Clarice, veio de um mistério, partiu para outro.    

Ficamos sem saber a essência do mistério.    

Ou o mistério não era essencial,    

era Clarice viajando nele.    

Era Clarice bulindo no fundo mais fundo,    

onde a palavra parece encontrar    

sua razão de ser, e retratar o homem.    

O que Clarice disse, o que Clarice    

viveu por nós em forma de história    

em forma de sonho de história    

em forma de sonho de sonho de história    

(no meio havia uma barata    

ou um anjo?)    

não sabemos repetir nem inventar.    

São coisas, são jóias particulares de Clarice    

que usamos de empréstimo, ela dona de tudo.    

Clarice não foi um lugar-comum,    

carteira de identidade, retrato.    

De Chirico a pintou? Pois sim.    

O mais puro retrato de Clarice    

só se pode encontrá-lo atrás da nuvem    

que o avião cortou, não se percebe mais.    

De Clarice guardamos gestos. Gestos,    

tentativas de Clarice sair de Clarice    

para ser igual a nós todos    

em cortesia, cuidados, providências.    

Clarice não saiu, mesmo sorrindo.    

Dentro dela    

o que havia de salões, escadarias,    

tetos fosforescentes, longas estepes,    

zimbórios, pontes do Recife em bruma envoltas,    

formava um país, o país onde Clarice    

vivia, só e ardente, construindo fábulas.    

Não podíamos reter Clarice em nosso chão    

salpicado de compromissos. Os papéis,    

os cumprimentos falavam em agora,    

edições, possíveis coquetéis    

à beira do abismo.    

Levitando acima do abismo Clarice riscava    

um sulco rubro e cinza no ar e fascinava.    

Fascinava-nos, apenas.    

Deixamos para compreendê-la mais tarde.    

Mais tarde, um dia... saberemos amar Clarice.              

Carlos Drummond de Andrade.


aah, Clarice, quanto de você há em mim...

e quanto de mim, certamente, existiu em você. L.C

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Nublado

Escuro. Solidão.
Está nublado.
Na minha cabeça eu vejo avolumar-se uma grande nuvem negra.
Preparo-me. Acho que vai chover.
Chover. Trovejar.
Inundar minha alma de águas fortes e sem piedade.
Tento esconder-me.
Mas onde?
Está tão escuro e a chuva cairá tão fria.
Não vou suportar nenhuma gota,
nenhuma gota dessa chuva tão furiosa.
Quanta fúria para tão pouca chuva.
E cada gota que me toca me corta, me fere, rompe minha pele,
Parece penetrar meus vasos, sufocar meu corpo todo.
Tormenta.
Quando essa chuva irá parar?
Quando verei o sol novamente?
Por enquanto e sem previsões para tempos melhores
só consigo enxergar esse céu negro.
Nublado.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

pequeno grande amor.

Juliana,
Ela. Flor e bela.
Parte de mim, pedaço de mim, brilho de minha alma,
meu cansaço, meu impulso,
meu relacionamento difícil, impreciso, estranho.
Eu não pedi para ela vir. Não pedi para amá-la.
Não quis dividir tudo o que eu tinha (e tenho) com ela.
Mas, não foi com esforço que ela invadiu meu ser,
me transformou, me mudou completamente e eu se quer percebi.
Amá-la foi tão fácil, tão imediato, tão preciso.
Acho, até, que já te amava e não sabia.
Mas, logo desfaço essa idéia...
Como não saber que já te amava se é tão fácil perceber isso?
Hoje, eu sei bem mais do que eu sabia, naquele julho de 1991.
E não precisava mesmo saber mais do que sei agora, as respostas parecem surgirem plenas e verdadeiras bem na minha frente.
Criatura. Caricatura. Eu não sei definir-te.
E me assusta ver que és quase um enigma, uma doce interrogação.
Sendo metade ou todo o meu ser, não sei bem quem és.
Mesmo assim, estarei aqui. Serei em ti, como és em mim.
JUliana. De JUlho, flor da JUventude, caminhamos JUntas.
Nota musical, cor, ritmo, sabor...
Juliana é uma mistura de tudo e quase nada.
É um pouco de cada coisa, tão bem desorganizada, que empresta a ela uma graça quase inexistente.
Juliana, sem meias palavras: uma perfeita princesa.

dedicado à minha irmã Juliana.

Medo.

Nossa, começar um blog falando sobre medo é um tanto quanto estranho...mas, eu não posso deixar de falar o que me aflige, o que me consome, me toma e não me larga. Falar de outra coisa seria mentir, decepcionar, iludir, deixar de obter o meu real objetivo aqui: ser transparente, total e fielmente.
Sempre estive às voltas com o medo(ele já me é bem íntimo. Deixou de ser um estranho-intruso e já faz parte de mim, já virou parente, parte do meu todo, pedaço do meu dia, dor das minhas horas, pausa da minha liberdade.), mas nunca o senti tão forte, intenso, devastador. Chegar aos 19 anos e ainda poder sonhar e fazer escolhas, para mim, é utopia demais. Tenho total consciência das minhas vontades, mas só ter vontade não basta...eu quero conseguir e isso parece tão além, tão longe e fora de mim que chega a me doer, me causa tanto medo.
E para ser bem sincera: não sei do que tenho medo. Não sei do que fujo e que caminho devo seguir. E mais uma vez o medo me consome: O QUE TEMER?
Acho que sou um pouco má comigo mesma; Não me permito ser totalmente feliz, estou sempre em busca de preocupações e decepções, questiono ideais, carinhos, abraços, afasto estranhos que se aproximam e alguns poucos que já sabem bem lidar com isso. E como não sentir tanto medo assim? Eu sinto...
O medo que me invade agora é quase anestésico...é o medo de pensar, refletir e quase querer prever o que irá acontecer daqui há alguns dias, num ano novo, diferente; Naquele cansaço quase bom de ver tudo acontecer de novo, de contar mais 12 meses no calendário da agenda, de sentir mais saudade, de conhecer gente (das quais você nunca esquecerá, mas que, por algum motivo, sabe que esquecerão completamente de você), de morrer de rir num dia e quase explodir de raiva no outro, de dormir menos horas do que sempre se quer e trabalhar e estudar muito mais do que se ache necessário. Por que anestésico? Diante desse medo, o que se pode fazer? Nada, a não ser esperar... Esperar os dias, anestesiada, vendo tudo se encaixando, encontrando delicamente o seu lugar, sentindo-se inerte, inútil.
Realmente, não sei do que tenho medo. Sentir medo, para mim, já virou tão casual que talvez me soe como um sentimento bom, uma quase gargalhada, transmitida em alto e bom som, só para me lembrar que eu não preciso ficar procurando mais medo na minha vida... Ele já existe, é tão grande, está tão forte, e tudo o que eu fizer contra ele será em vão...
Mas, não custa nada tentar viver sem perseguir o que já existe e correr atrás do que já está quase perdido... e é isso o que eu vou fazer.