sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sou triste.

Estou triste. Não, não estou triste. Sou triste. Sou uma tristeza só, sem fim, sem nenhum limite. Choro escondida pra que ninguém perceba o que faço comigo mesma, esse prazer doloroso de deitar no chão do quarto e chorar por horas, sem perspectiva de nada, sem intenção de curar. Entrego-me ao poço sem fundo que me encontro. Entrego-me a toda escuridão dolorosa que me convida a nela ficar. Não tenho medo de ir além do sofrimento. Meu único medo é nele ficar, permanecer sofrendo desse jeito, sem nenhuma força que me sustente, sem nenhuma gratidão que me salve.
Entrego-me.
Acredito que só assim me alma vai sarar. Quando eu tiver chorado todas as minhas lágrimas, quando eu tiver sofrido todos os merecidos dias, quando eu mergulhar nessa imensidão de solidão e medo e nela ficar submergida,Deus sabe até quando!
Preciso disso. Sou assim.
Estou triste, sou triste.
Preciso que me salvem porque sozinha eu não vou conseguir.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Anel de compromisso.

Eu acredito em amor verdadeiro. Eu acredito em amor à primeira vista. Eu acredito que o amor conquista tudo. E isso não significa que não haverá dias difíceis ou coisas difíceis para lidar, porque haverá sim. Mas encontrar aquela pessoa que faz isso para você e saber que essa pessoa te ama, torna tudo tão mais simples. Eu te amei desde a primeira vez que te vi. Eu amei aquela camisa amarelo-mostarda, o sorriso lindo que ocupava todo o teu rosto, o jeito leve, o andar descontraído, a voz alta querendo chamar atenção e os olhos castanhos que brilhavam no sol da manhã. O que eu sinto por você hoje, nesse exato momento, esteve no meu coração desde o dia que eu te conheci. Eu te amo. Eu sempre te amei e sempre amarei. Nós passamos por tantas coisas juntos. E apesar do quão confusa ou perdida eu posso ter ficado, sempre tive você me encontrando e me salvando. VOCÊ MERECE SER AMADO. E é isso o que eu vou fazer. Vou te amar por muitos anos que ainda virão. Eu estou terrivelmente apaixonada por você. E sempre estarei.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Primeira pessoa do singular, presente.

Há tempos que não escrevo...
Há tempos que não faço tantas outras coisas também, como, por exemplo, ir à praia. Mas, eu devo confessar: sinto uma falta danada daqui! Mais do que da praia, diga-se de passagem. E olhe que um sol bem forte e revigorante, vento no rosto e mar são combinações, para mim, perfeitas da natureza.
Às vezes venho aqui, espio um pouco, seguro minha cabeça entre as mãos e penso por um longo tempo. Mas a vontade vem e passa, numa fração de segundos. Sinceramente, só escrevo quando realmente preciso, quando grito, quando enlouqueço e não posso transparecer de outra forma a não ser aqui, digitando algumas poucas ou muitas palavras, algumas sem sentido algum, outras vitais e inesquecíveis, para mim, outra vez.
Sempre para mim, como se não existisse outra pessoa querendo ser salva no mundo também! Sou tão egoísta, às vezes...mas é nessas horas que me expresso melhor. Quando vivo para mim e olho para mim, percebo como sou forte, como posso e como quero. Quando escuto minha voz sei que nada no mundo pode abalar minha fé e minha vontade. Sou tão grande, tão ampla, tão minha.
Outra vez me disseram assim: 'se você não parar, AGORA, de pensar mais nos outros do que em si mesmo nunca irá ser feliz.' Eu mastiguei isso por dias, semanas e meses e deu no que deu, nesse texto aqui. Acho que só agora entendi e resolvi aceitar isso como uma coisa boa. Venho tentando ser mártir, heroína, salvadora da pátria, mãe pra quem não tem uma, irmã pra quem precisa de uma. Venho tentando resolver problemas que nem são meus, travando batalhas das quais nem fui chamada para lutar, traçar planos para um futuro do qual nunca farei parte. Eu sei, é preciso se doar, ser necessário aos outros, oferecer ajuda. Mas, e eu? Quem se oferece para morrer nas minhas batalhas diárias? Quem planeja meu futuro? Quem enxuga minhas lágrimas quando elas caem? Quem?
Não que eu me torne uma egoísta desmedida e mesquinha. Eu quero fazer por mim, assim como faço por todos, com o maior prazer. Eu não quero esperar nada, de mais ninguém. Eu preciso esperar de mim mesma. A frase que hoje tenho em mente é: quando eu começar a me amar, de verdade, a fazer tudo por mim, aí sim, poderei fazer o que eu quiser pelos outros.
E eu estou feliz por isso.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Verdade seja dita!


Todas as vezes que eu fecho os meus olhos é você quem eu vejo. E dói tanto, consome tanto tudo isso! Tenho vontade de sair correndo ao teu encontro e repetir mil vezes o quanto eu te amo, o quanto minha vida depende da tua vida e quanto o meu corpo sente falta do teu. Grito. Eu choro escondida nos cantos. Em qualquer lugar, eu choro, sempre. As lágrimas vêm e eu não luto contra elas, eu apenas as derramo, as vejo inundando meu rosto, sangrando minha alma. Foi assim no ônibus, no trabalho, no quarto, na varanda, no chão da sala... Cheguei ao ponto do desiquilíbrio total, aquela fatal conclusão de que eu preciso de você para existir! Descobri que tenho medo da solidão, que sou triste sem você e que não me basto. Como é doloroso saber de tudo isso! No entanto, não tenho vergonha e não sinto culpa. Eu amo e isso, por si só, já é um ato de coragem. Amar o que não se tem. Amar o que foi deixado. Amar sem saber. Amar e ter de esquecer, viver por aí esquecendo e sabendo que, inevitavelmente, também vou ser esquecida. Como achar solução para essa ferida exposta, essa história inacaba (se é que tem um final), essa saudade insuportável? Dói tanto, de novo. É dor real, dor física... como se um braço me tivesse sido arrancado num só ímpeto ou um trem estivesse passando sobre as minhas pernas. Mas é SÓ o meu coração dilacerado. Só isso. Como não pensar em você e em todos os dentes da sua boca sorrindo, todos os ossos do seu corpo me sufocando num abraço demorado? Como devolver a chave de casa, as fotos da estante, as cartas de amor eterno, os livros escolhidos juntos para nossa biblioteca gigante, os sonhos e os beijos? Como, se eu ainda nem sei ser só, se ainda nem consigo tirar você de dentro de mim e ainda sou nós? Como seguir em frente e não te ter? Porque, verdade seja dita, é tão mais fácil aturar a vida sabendo que tenho você! Não quero esperar, não quero esquecer, não quero isso tudo. De novo, não.


PS. : eu sempre vou te amar.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ao cansar.

Não quero mais tua insegurança nem essa estranha insensatez.
Cansei das palavras tão duras e esse vazio que tua falta de paciência me causa.
Por favor, respire fundo.
Quero tua força, como era antes, teu sorriso largo e teu carinho exagerado.
Quero sorrir outra vez com você ao meu lado.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Café expresso.




Tomo um café gelado... sim, só assim consigo acordar! Ele desce amargo, talvez seu gosto fique doce ao longo do dia, porém açúcar nunca foi prioridade para mim.
Saio sempre apressada, sempre correndo, distraída e olhando para o relógio. Mal percebo a vizinha da frente, bailarina italiana, que acorda cedo e escuta Beethoven, talvez esteja na ponta dos pés, voando pelo apartamento e fazendo torradas, já que o cheiro é delicioso. O som já virou rotina, é sempre clássico, misterioso e refinado. Assim como ela e seus longos cabelos de sol.
O bebê, no apartamento ao lado, chora alto. Talvez queira colo, leite ou só um pouco de atenção do pai arquiteto e da mão advogada, que nunca têm tempo nem param em casa.
Seu Alfredo, o último vizinho, é mais velho, mora só, não sei se tem filhos, se já foi casado, amado ou deixado. É bem simpático, educado e calmo. Sempre faz sua caminhada matinal na praia. Geralmente chega na mesma hora em que saio. Aliás, meu primeiro bom dia sempre é dele.
Finalmente o elevador chega, entro, olho minha silhueta no grande espelho... pareço exausta. Meus olhos levemente caídos, meu cansaço estampado. Sou o retrato fiel de noites mal dormidas ou mesmo, de uma longa noite de sono, já que as duas hipóteses me deixam, estranhamente, sonolenta. Sempre a mesma coisa.
Começo a sentir falta de ar. Sou claustrofóbica e, definitivamente, morar no vigésimo terceiro andar não ajuda muito.
Chego ao térreo, respiro, o ar entra forte e revigorante. Começo o velho ritual de 'bom dia, estranho' , 'bom dia, querida' , 'bom dia, dia.'
Saio... é a hora da vida. É a hora da roda viva. Mais horas a serem vividas, mais do mesmo ou doses do desconhecido.
Olho ao redor e aí, entendo, como gosto disso! Como é bom viver, sentir-se viva, vida.
Coloco os fones de ouvido e caminho firme...estou mais que pronta; BOM DIA, VIDA!


domingo, 11 de abril de 2010

Identidade, te liberto.


Nunca fui de meios termos, alegrias contidas, metades, quases ou pequenos riscos. Sempre explodi em vida! Dizem isso a mim, quase sempre e, de fato, acredito. Sou explosão. Não me faltam faíscas, não me faltam dimensões, cacos, caos. Sou assim! Como mudar o que é essencialmente seu? Nunca suportei um "eu gosto muito de você!" Ou ama ou não. Odeie, então. Escutei minha vida toda falarem sobre minha ousadia eterna e meu instinto livre, solto. Algumas vezes foram cruciais para minhas decisões, outras vezes foram meu precipício, meu erro escancarado, dilacerado e, também, dolorido. Quem diz nunca se arrepender de nada do que faz, ou mente ou, realmente, não tem consciência ou, ainda, não sente o peso dela. Eu me arrependo sim, de muitas coisas que fiz. Impulsividade sempre foi meu forte mesmo, ué! Então, como não se arrepender do que não se pensa antes de fazer? No entanto, nunca disse que não. Sou honesta demais comigo e com o mundo. Honesta e desmedida... Aonde achar um equilíbrio, onde encontrar um ponto exato de sustentação? Não está nos outros, eu sei. É algo que devo fazer por mim mesma. Mas, como vivi a vida toda sendo assim, é tão difícil e tão cansativo medir, ser medida, contida, milimetricamente encaixada, aonde nem sei. Só de pensar, sinto falta de ar. Continuo, assim, pois. Prefiro respirar e errar, do que acertar e não ser fiel ao meu coração.