sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

O que sobrou do Natal.


Chego, preparada e ansiosa, carregando meus presentes e algumas delícias em meus braços. Sou recebida com sorrisos e gritos, muitos gritos. Todos me olham, e por um momento acho até que não me reconhecem, sinto um pouco de medo...o ano que passou me fez bem? Estou mais magra? Mais bela? Mais velha? Meu cabelo está do mesmo jeito de sempre? Meu sorriso corresponde à felicidade que meu coração sente? São perguntas e apenas isso, não deixam de ser. Não tenho tempo para respostas, cujas perguntas eu mesma fiz. Procuro um lugar para livrar minhas mão ocupadas, afinal são abraços que me esperam. Começo a abraçar aquelas pessoas que preencheram minha vida, toda ela. Sinto o cheiro de cada um, cheiro de colo de Deus. Abraço-os, olho bem para seus rostos, fascinada. São eles, meus amados, amores eternos, saudade constante. Aquele primo do verão de 1998, aquela tia falante, engraçada e espevitada que insisto em comparar comigo mesma. Meu avô tão cansado e minha avó tão bela e terna no alto dos seus sessenta e tantos anos. Minha prima calada e quieta, sempre na dela, que no máximo dá um abraço sem emoção, porém verdadeiro. Aquele tio chato, que continua me chamando pelo apelido de infância, e repete várias vezes um "Lulu" insuportável. A tia amorosa, que já cantou para o sono chegar e já preparou doce para o choro cessar. Aqueles que a cada ano estão diferentes, cresceram, engordaram muito, estão mais velhos e se vestem de maneira engraçada e diferente. Têm também aqueles cujo tempo agrega, aqueles que chegam na família e trazem mais luz, mais vida. Aumentam as cadeiras ao redor da mesa e ocupam mais um lugar no amigo-secreto. Outro ano, outra alegria. Tudo o que fiz o ano todo não compensa a satisfação de estar cercada pelas pessoas que me amaram desde meu primeiro dia de vida, que me viram crescer e tornar-me o que sou hoje. É pouco tempo para estar junto, não consigo dizer a todos o quanto os amo, porém conforta-me saber que existem e que, de acordo com a vontade de Deus, os verei no próximo ano, num novo e novamente inesquecível Natal.

4 comentários:

Carolina de Castro disse...

Haaaa.. Como eu adoro esta epoca!
Familia é bom demais!!
Gostei do seu texto. Da vontade de ter natal denovo. Todos os meses do ano.
Com a mesma nostagia.
Adorei te ver sentadinha na primeira fila do meu blog.
Postei sem pretensão aquele dia. Mas eu voltei! Vou ser denovo eu!!
Beijos enormes.

Patricia disse...

Puxa =]~
chorei aqui ^^
É muito sentir a energia do Natal,
aquela coisa de união...das pessoas que te ama...

:**

Ni ... disse...

Ficou lindo demais, menina...

Estava com saudade de te ler... esperando a primeira do novo ano... rs

Beijo e mais beijos

pp1993 disse...

melhor época do ano, lindo texto!