domingo, 24 de agosto de 2008

Despedida


Deixei o beijo roubado, guardado, lembrado, desconsolado. Larguei aquele aperto de mão grande e firme. Busquei-o novamente, mas era tarde, tarde demais, já tinha ido embora. Para longe, para onde? Por onde... Deixei o sabor misturar-se a dor, a perda infinita de sorrisos raros e a angústias doces, tão sentidas que já nem dói tanto assim, não dói mais. Deixei escapar o medo, aquele desejo ardido, aquele grito inaudível, aquela velha hora do abraço da adiada despedida.
Minhas mãos suadas e trêmulas soltaram-se e eu deixei, larguei, não sei.
Por favor, não espere minha volta, partida.

5 comentários:

blog do dudu santos disse...

Adoro esta tua forma de escrever, além de ser poética tem um extrato filosófico legal, tem o sim e o não , sendo que caminha pelo meio, "a volta é sempre uma nova partida", instigante!!! Clarice Lispector que se cuide!!
bjo do artista

Emely disse...

Agora coloque um Sorriso no Rsoto e VA sem pressa, sem tempo Apenas VA!

Bjus =)

Clarissa Santos disse...

Esse texto me doeu tanto quanto o adeus.

Camila Diniz disse...

me lembrou muita coisa esse seu textos...coisas la do fundo... muito bonito ao mesmo tempo que é tão profundo

Ni ... disse...

Luciana, gosto demais do seu jeito poético de se expressar...

Beijo e mais beijos...