
Deixei o beijo roubado, guardado, lembrado, desconsolado. Larguei aquele aperto de mão grande e firme. Busquei-o novamente, mas era tarde, tarde demais, já tinha ido embora. Para longe, para onde? Por onde... Deixei o sabor misturar-se a dor, a perda infinita de sorrisos raros e a angústias doces, tão sentidas que já nem dói tanto assim, não dói mais. Deixei escapar o medo, aquele desejo ardido, aquele grito inaudível, aquela velha hora do abraço da adiada despedida.
Minhas mãos suadas e trêmulas soltaram-se e eu deixei, larguei, não sei.
Por favor, não espere minha volta, partida.
5 comentários:
Adoro esta tua forma de escrever, além de ser poética tem um extrato filosófico legal, tem o sim e o não , sendo que caminha pelo meio, "a volta é sempre uma nova partida", instigante!!! Clarice Lispector que se cuide!!
bjo do artista
Agora coloque um Sorriso no Rsoto e VA sem pressa, sem tempo Apenas VA!
Bjus =)
Esse texto me doeu tanto quanto o adeus.
me lembrou muita coisa esse seu textos...coisas la do fundo... muito bonito ao mesmo tempo que é tão profundo
Luciana, gosto demais do seu jeito poético de se expressar...
Beijo e mais beijos...
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