sábado, 28 de fevereiro de 2009

De olho nas estrelas

Bem, em primeiro lugar, devo agradecer, como dizia a minha avó. A gente sempre tem de agradecer. Mesmo um pisão no pé. Porque podia ser pior. Ganhei alguns presentes, passei um mês na praia, tomei banho de chuva, fiz novos amigos e desfiz alguns enganos. Pintei os muros da casa do interior, plantei a roseira no jardim e consegui me mudar para o apartamento, perto do mar, do trabalho e da felicidade. E nem mesmo algumas pitadas de ressentimentos aqui e ali mudaram meu paladar. O trânsito ainda é um problema e a faculdade me faz rir, apesar de ser o curso mais temido e sério para todos, meu adorável Direito. Porém, continuo convicta de que nada acontece à toa e nunca é para o mal. A gente escolhe os caminhos que precisa aprender. Que levarão àquilo que tanto a gente busca. As lições nunca são indolores. E isso eu ainda não entendo por quê. Acho que é porque mexem com a auto-estima, machucam o amor próprio. Mas é um teste, uma prova de fogo pra gente saber o quanto acreditamos em nós mesmos. E o quanto precisamos dos outros.
Percebo que alguma coisa aconteceu dentro de mim. Não quero mais certas experiências. Outras me são imprescindíveis. O "não", tão fifícil de dizer, de repente bateu à porta com tanta propriedade. Alguma coisa aconteceu. Sei que o importante é respirar. Fundo. Sentindo. E seguir. Não é possível parar. Olho as estrelas, elas me guiam. E também erram o caminho. Não faz mal. Chegar, a gente chega. Só vai demorar mais um pouco.
Não sinto mais pressa. Estou completamente despreparada para 2009 e nada mais pode ser feito quanto a isso. Tem mudança no ar. Olho novamente as estrelas, elas brilham e parecem refletir meus olhos, cheios de esperança, de vida. Então, arrumo meu coração, ainda um pouco assustada, e espero a primeira estrela cadente, aquela que irá realizar meus desejos. De dedos cruzados...

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Minha paz.

Estou tão leve, quase flutuo. Sinto meu corpo balançar e arrepiar a cada sopro do vento. O vento não me deixa em paz, me leva, me traz, me deixa, me esquece. O vento só não me lembra do que já passou, do que está por vir e do que certamente não virá. Embalo nessa dança gostosa que o mundo arrisca todos os dias, a volta ao sol, o dia, a noite. O sol me abraça, enquanto a lua me beija misteriosa. O universo me sorri... e eu vou sorrindo para ele.